sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Inspired by Robyn - With Every Heartbeat


I don't look back... we could keep trying but things will never change.
But I don't look back... Still I'm dying with every step I take...

[But sometimes I do look back]

And it hurts with every heartbeat.



domingo, 10 de abril de 2011

Untitled

"Nossa época acredita que é possível viver sem sentir nenhum tipo de dor, física ou psíquica. Não ter dor se tornou quase um direito. Basta uma pontada na cabeça, que já corremos a tomar uma pílula. Basta uma tristeza real, para que imediatamente nos ofereçam um antidepressivo. Não queremos menstruar nem ter dor de parto, qualquer desentendimento com o chefe acaba com nosso dia, desistimos de um amor no primeiro percalço, por acreditar que merecemos a felicidade eterna. Não podemos nem sentir calor ou frio, para isso há ar-condicionado.
Parece que não queremos é viver."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vida de marinheiro...

Duas semanas.

Engraçado como esse intervalo de tempo tem sido bem decisivo e recorrente na minha vida...

Em duas semanas, atravessei o Cabo das Tormentas e naveguei nas águas cálidas do Sul.

Após um mês de alegres ventos que conduziam o barco adiante, o curso mudou completamente, de repente.

Em duas semanas...

E então veio o aviso: 'Homem ao mar!'

E o marinheiro agora está no fundo do oceano, deixando na tripulação lembranças e um sentimento:

Saudade...

Palavra que só existe na Língua Portuguesa, "define, pois, a melancolia causada pela lembrança", o sentimento experimentado pelos navegantes em terras estranhas.

[Só agora percebi a doce ironia:

Como pode um mouro causar saudades em coração português?]

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Silêncio.

Nada melhor que o silêncio para ajudar a encontrar o caminho certo...
Reencontrar a linha do pensamento, o caminho das pedras entre as águas caudalosas...
Ouvir de novo vozes antigas, sentir cheiros familiares e ver paisagens amigas...
Risadas, gostos, abraços... E tudo volta a ser como deve.
Em minha volta, mesmo os objetos parecem ter tomado formas e posições harmoniosas.
Não importam os ruídos, as vozes, as palavras sussurradas.

No meio de tudo, eu consigo me escutar.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Estômago.

Ah, eu queria tanto que meu pensamento se estabilizasse e seguisse uma linha...
Tá uma confusão tão grande aqui dentro que eu mal consigo tomar ar. Tudo misturado numas voltas doidas, uma hiperatividade misturada com uma vontade de silêncio exasperante. Pensamentos, sentimentos, estômago... Uma confusão.

E, junto com tudo, a multidão e a solidão.

domingo, 1 de agosto de 2010

183 Days of Sun [ou 6 meses com ele]


Há seis meses, eu estava sem perspectiva alguma na internet, na dúvida se iria ou não para o baile do Dançar faz Bem, no Bixiga... Tinha acabado de conhecer um novo e apaixonante ritmo, o West Coast Swing. Não pretendia fazer o curso, decidi por insistência dos amigos, que encontrara no último baile antes das aulas... WCS era febre no Projeto, e eu e minha turma de amigos do zouk decidimos aprender só para saber dançar o ritmo mais tocado nos bailes.

No primeiro dia, meus amigos e muitas caras novas...Eu, tímida em aprender um ritmo novo, e desajeitada como sempre para pegar os passos, dancei com diferentes perfis de cavalheiros: sérios, sorridentes, antipáticos, amigáveis, convencidos, noobs, experientes...No primeiro olhar que varreu a turma, buscando rostos conhecidos e/ou interessantes, percebi um cara com jeito de ser bem jovem, olhinhos puxados e cabelo bem preto... Não prestei atenção por mais que poucos segundos, e deixei meu olhos passearem pela sala.

Na primeira troca de par em que dancei com o menino dos olhos puxados, ele foi de longe o cavalheiro mais simpático, e um dos poucos que perguntou meu nome e se mostrou receptivo para conversar. No dia seguinte, quando dançamos de novo, ele me perguntou de novo meu nome, e disse que tinha procurado no orkut, mas tinha achado uma Sonayra com uma foto estranha que não tinha certeza que era eu. Haha, era sim.

Enquanto fazia amizade, eu sofria alegremente tentando aprender a dançar em uma turma cheia de veteranos. Lembro de uma vez em que empaquei, e ele chamou a professora para me orientar, e não desistiu nem fez careta de impaciência como muitos outros caras fazem quando a gente erra. Também lembro de outra vez em que ele falou que eu e outra menina muito legal da turma éramos as 'mais comédia', rsrs...

Uma semana de aulas, orkut, Gtalk, MSN... Vimos que tínhamos vários assuntos em comum, e conversávamos quase todo dia, ele não era menos simpático que eu e era até mais brincalhão e amigável. Lembro que a primeira frase que falei para ele no GTalk foi "Oi, dançarino"!

Então veio o fim de semana... Show muito esperado do Skank, minha amiga iria com o namorado e eu, como não queria segurar vela, procurei alguma pessoa online que topasse ir comigo. Haha, algumas tentativas, maioria das pessoas offline, sem pique pra sair ou já tinham programa, então pensei em chamar o novo amigo, sem muitas esperanças, já que amigos mais antigos já tinham furado. Fiquei surpresa quando ele disse que talvez pudesse ir, dei meu telefone, peguei o dele, caso ele fosse. Não foi, mandou uma msg dizendo que não poderia ir, tinha algum trabalho ou coisa assim pra terminar. O show foi ótimo, tirando um cara medonho que ficou dando em cima de mim, e 3 brigas... Ah, nesse dia eu segurei alegremente vela de 2 casais! Aproveitei a noite e curti o show, abraçando minha sina de castiçal feliz.

Depois, pelo MSN, ele brincou: 'Liga não, besta, outro dia tu me agarra ;P"
E eu: "Aaaah, convencido! xP" Apesar de achar sua conversa interessante, eu não estava de fato com intenção de ficar com ele, mas realmente pareceu, chamar pra sair com um casal, estranho... Se eu já estivesse a fim dele, jamais teria tido coragem de chamar pra sair, do jeito que sou amarrada.

Lembro que no dia do baile anterior ao curso, eu tinha acabado de ter minha última desilusão amorosa, e tinha decidido ir para o baile, sem nem saber quem encontraria lá, em vez de ficar em casa murchando. Durante o ano passado, e neste ano, a dança foi para mim fonte inesgotável de alegria, em meio a altos e baixos, que sempre ficavam menos baixos quando eu dançava.

Enfim chegou o 31 de janeiro, O Baile...

Convidei muitas pessoas, entre elas, o menino legal, mas muito ocupado, que se fosse ao baile me daria carona. Lembro que há seis meses, nesse momento, eu estava sozinha com minha irmã, e já tinha certeza que não iria para o baile, quando o menino falou que iria, e que passaria na minha casa em 20 minutos! OMG, corri para o banho, lavei o cabelo, botei um vestido comum e velho, e minhas sapatilhas preferidas (que descansem em paz). Fui ao baile sem um pingo de maquiagem, cabelo molhado, arrumada às pressas, um horror!

Lá chegando, como o tema do baile era samba, não dancei tanto como de costume, mas vez por outra tocava um wcs ou um forró, que dançava com ele, e um ou outro bolero e salsa, que dançava com alguns amigos. Como chegamos tarde, meu ritmo favorito, zouk, já tinha tocado mais cedo, acabei dançando só um, quando pedi à minha melhor amiga na dança para dançar com seu novo namorado, meu outro melhor amigo na dança e antigo parceiro de zouk.

Lembro que passei a maior pare da noite com meu novo amigo, afinal, minha companhia é da pessoa com quem eu vou a qualquer lugar. Ele me ensinou a dançar um forró diferente do que havia aprendido no Projeto, surpreendentemente legal. Quase meia-noite, hora de ir para casa, o baile estava no fim. Minha amiga e mestra, junto com o namorado, precisavam de carona, que eu arranjei prontamente, colocando os dois no carro onde eu já era carona, haha, aprendi isso com ela. Mas, no final do baile, qual não foi a minha surpresa quando ele segurou minha mão e não soltou, indo de mãos dadas comigo para o carro, junto com o casal de amigos que parecia muito menos surpreso que eu.

No momento em que ele segurou minha mão, meu pensamento exato foi: "Ah, meu Deus, não acredito que isso tá acontecendo... lá vamos nós de novo!" Pensamento de quem já tinha passado por desventuras em série, e agora estava se preparando para encarar uma nova, com descrença e bom-humor. Depois disso, fiquei num nível médio de dúvida e expectativa, procurando não pensar no que iria acontecer. Mas, por mais estranho que parecesse, eu estava me sentindo à vontade.

Chegando em casa, conversamos por uns bons minutos dentro do carro, pensamento solto, chaves de casa na mão, prestes a entrar. Quando finalmente decidi que estava tarde para ficar conversando na rua, falei que já ia entrar, e não sei como aconteceu, mas foi o beijo. Novo. Diferente. Profundo. Bom. Depois de um tempo que não lembro, eu realmente tinha que entrar, e ele tinha que ir para casa. Eu estava me sentindo um pouco tímida, agora. Ele perguntou se eu ia fazer outro curso de wcs que iniciaria no dia seguinte, que eu disse que não, por conta do horário, terminava tarde... Ele disse que não tinha problema, que me deixaria em casa, então decidi fazer.

No dia seguinte, sem expectativas, fui pra aula, ele chegou depois. De longe, trocamos um sorriso, e momentos depois, no fim da primeira dança, ele me deu mais um susto, ao me beijar na frente de toda a turma, quando eu não achava que iria ser mais que um simples "Oi!", de volta à amizade normal. Em poucos dias, novamente me surpreendi percebendo o melhor beijo, os mais gostosos abraços...

A partir daí, foram danças, almoços no RU, encontros depois da aula de francês, conversas em inglês, francês e, por último, espanhol. Praias, cinemas, jantares românticos na Gentilândia, noites alegres e dias ensolarados... Risadas, músicas, brincadeiras, ironias dele, caretas minhas, e cada vez eu me encantava mais com esse garoto carinhoso, fofo, tranquilo, maduro, sincero, inteligente, paciente, e lindo de doer, que tantas vezes me abraçou e riu comigo, teve paciência com meus momentos ruins, e tem andado de mãos dadas comigo desde aquela noite, seis meses atrás, e até hoje continua me dando alegres surpresas.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Verdade


Hoje a flor teve de desabrochar mais uma pétala escondida. Uma pétala feia e doente, que ela quisera nunca ter concebido. No caminho da verdadeira cor, ela precisa mostrar ao mundo suas cores belas e feias, por mais que isso fira seu orgulho vegetal. Por mais que a envergonhe, por mais que a outros decepcione.



"A verdade nos dá o desespero para que não sejamos pretensiosos."